sábado, 29 de agosto de 2020


O QUE REAPRENDEMOS COM CHADWICK BOSEMAN   
                                                                                                                           Por Eudmarly Sena
   Ontem fomos surpreendidos pela triste noticia da morte do talentoso ator Chadwick Boseman. Após lutar desde 2016 contra um câncer de cólon, infelizmente não resistiu.
Apesar de já ter estrelado em outros filmes foi no espetacular “Pantera Negra” que chegou ao ápice. Foi o filme de super-herói mais lucrativo do EUA, além de ter sido o primeiro herói negro daMarvel.
   Mesmo lutando contra o câncer desde 2106, ele procurou, e conseguiu, viver bravamente. Nesse período fez alguns filmes, entre eles “Pantera Negra” e “Vingadores: guerra infinita”, mas sem levar ao público a informação, ficando entre cirurgias e quimioterapias nesse período e, assim, fazendo jus o que foi dito em uma entrevista: "Minha vida não é da conta de ninguém, de verdade. Quando falo sobre coisas pessoais, torno-me uma espécie de celebridade. E minha vida pessoal acaba interferindo na parte profissional. Eu sou um ator, e as pessoas me conhecem pelos personagens que eu interpreto. Elas têm uma impressão sobre quem eu sou, mas não sabem realmente tudo".
   E é assim que reaprendo a primeira lição, pois mesmo travando uma batalha preferiu não alardear. Em vez de sentimentalismo de uns e lamento de outros que poderiam não ajudar, optou pela coragem e determinação de lutar e seguir o propósito pelo qual se dispôs a cumprir. E esse propósito pela qual dispunha a cumprir, entendemos, o fez com louvor. Deixando um grande legado nos cinemas, nos deixa um grande exemplo a seguir: a de lutar sem desistir mesmo ante uma batalha que parece, às vezes, maior que você. Não se deixar abater, mas seguir em frente até o fim mesmo quando as circunstâncias tentam roubar a esperança que nos faz ainda querer lutar de pé. O Pantera escolheu lutar e cumprir o propósito até o fim.
   A segunda lição que relembro é a de que nunca conhecemos a real luta de uma pessoa. Por trás de cada pessoa há sempre uma história, e muitas vezes é uma história de luta. Portanto devemos ser sempre gentis e afetuosos o quanto possível. Não sabemos o que muitas vezes esconde um sorriso, não imaginamos suas lutas, dores e anseios não nos são revelados.
   Assim precisamos em todo momento praticar a gentileza e amabilidade. Não sabemos o que pode estar matando uma pessoa. Por isso, sejamos gentis, ofereçamos graça e bondade, amáveis sempre.
   Em um discurso de formatura CHADWICK diz que “a dor da derrota serve para descobrir a verdadeira paixão e propósito que Deus colocou dentro de cada um”, e após citar o livro bíblico de Jeremias capitulo 29 verso 11, ele fala sobre ter um propósito, o qual é maior que um emprego, uma carreira e etc., “ele é um elemento essencial para cada um”. Fica claro que ele acreditava em algo muito maior, o que o fez capaz de ser resiliente, e acreditava que “sua própria existência está envolvida nas coisas que você está aqui para cumprir”, pois “quando Deus tem algo para você, não importa quem se opõe”. Eis a terceira lição a relembrar: O sofrimento não é algo que deve nos tirar do propósito, mas nos deixar mais forte em Deus para conseguirmos cumprir nosso propósito, pois da fraqueza podemos extrair força. Que possamos viver com tal convicção!
   Descanse em paz Chadwick Boseman. E lembramos o T’Challa quando disse: “Na minha cultura a morte não é o fim. É mais um ponto de partida".
   Ainda fica um conselho do T’chala para o mundo hoje: em tempos de crise, sábios constroem pontes e tolos constroem muros.
#WakandaForever

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