sábado, 31 de dezembro de 2011

Teologia da Prosperidade: Subsídio para Lição Bíblica - 1º Trimestre/2012


  Por Eudmarly Sena

A Teologia da Prosperidade, também conhecida como “Movimento Fé”. È um câncer corroendo a vida de muitas denominações, lideradas por quem abraça esse mal.
  Os que abraçaram mais recentemente falam que: “toda prosperidade representa benção divina”. Erro crasso, pois vários textos das Escrituras dão conta da existência de pessoas prósperas, mas cuja abundância não provém do temor e da obediência a Deus. Trata-se da prosperidade dos perversos e ímpios (Jó 21, Sl 73, Is 5.8). Esse tipo de prosperidade costuma vir associada com violência e opressão (Sl 73.6-8;Is 5.18,20), constatação que faz da prosperidade uma realidade ambígua, isto é, ela tanto pode retratar uma benção de Deus quanto ser resultados de práticas e valores contrárias a vontade de divina.
   Na lição do 1º Trimestre de 2012, comentada pelo Pr. Josué Gonçalves, será estuda a verdadeira prosperidade em contraposição á Teologia da Prosperidade. A verdade prática da lição diz: O pecado da Teologia da Prosperidade consiste em anulação da soberania de Deus.
    Para ilustrar a afirmativa supra, vejam as frases abaixo:
                            “Nunca, em tempo algum, vá ao Senhor e diga: ‘se for da tua vontade... ’ Não permita que essas palavras destruidoras de fé saiam da usa boca”. Benny Hinn

                      “O homem foi criado em termos de igualdade com Deus, e podia permanecer na presença dele sem qualquer consciência de inferioridade”. Kenneth E. Hagin

    Essas citações representam um câncer mortal, constitui ( a teologia da Prosperidade) uma das piores ameaças ao cristianismo pelo lado de dentro. Assim, como o sistema Nova Era, representa uma ameaça pelo lado de fora. A Teologia da Prosperidade é baseada em perspectivas temporárias, quem abraça, tem que abrir mão de uma teologia alicerçada sobre as verdades eternas.

Considerações
Antes de prosseguirmos, é necessário lembrar que a Teologia da Prosperidade, a qual passará a ser chamado “Movimento da Fé”, não é uma seita, é sim sectária, mas não uma seita. Em uma perspectiva teológica, seita, se refere um grupo com um, conjunto uniforme de doutrinas, com estruturas organizacionais. Os movimentos, por sua vez, são multifacetados e diversificados em suas crenças, ensinos e práticas. Seus ensinos podem ser comparados a outro fenômeno moderno: o vírus de computador. Ambos são capazes de se espalhar-se em qualquer sistema, danificando aquilo que tocam, mas raramente destruindo por completo o objeto de infecção.

Breve histórico
  “Amplas pesquisas feitas nos Estados Unidos sobre o assunto revelam que existem duas raízes históricas e filosóficas do Movimento: o Pentecostalismo e várias seitas metafísicas do inicio do século XX: que floresceram na região de Boston.” ¹
  A conclusão dos estudos levaram a crer que o pentecostalismo forneceu a base ou o grupo onde  o movimento encontrou a maior parte de seus adeptos, enquanto os pressupostos filosóficos propriamente ditos foram  fornecidos pelas seitas metafisicas. O fornecimento da base por parte do Pentecostalismo, para mim, se deu pela abertura dada a visões, revelações e orientações espirituais contínuas, tudo isso fora da Bíblia.
  A tendência das denominações pent4ecostais de aceitar afirmações de autoridade profética criou espaço teológico onde o Movimento da Fé (Teologia da Prosperidade) pode firma-se e crescer. Mas afirmamos aqui, que, apesar de ser o pentecostalismo o portador dessa doutrina, ela não faz parte necessariamente das crenças pentecostais. Em 1980, nos Estados Unidos, o Presbitério Geral das Assembleias de Deus emitiu uma declaração oficial contra o Movimento da Fé. ²

Essek William Kenyon

   Esse parece ter sido a verdadeira fonte dos ensinos do Movimento da Fé. Começou seu ministério pastoreando várias igrejas incluindo metodistas, batistas e pentecostais. Contudo sua teologia era diferente das de todas elas e, por fim, tornou-se um evangelista itinerante sem nenhum vinculo denominacional. Produziu 18 livretos sobre seus ensinos.
   Há pouca dúvida de que a metafisica do Novo Pensamento tenha produzido um impacto acentuado sobre Kenyon. Apesar de ele, Kenyon, ter sido menos incisivo que alguns dos mais ultrajantes mestres da fé de hoje, enquanto viveu ele não deixou de produzir abominações e blasfêmias.

Kenneth Hagin

  Esse acabou, sendo o que, popularizou o Movimento da Fé, um homem cheio de “visões”. Havendo pastoreado uma igreja batista, não durou muito, após alegar visões de Deus e afirmar ter recebido o dom de línguas, foi convidado a sair. Após se juntou á Assembleia de Deus. Pelo fato de haver ali uma politica de maior abertura diante de visões.
   De importância fundamental é a alegação de instrução divina feita por Hagin. Antes de qualquer outra coisa, isso coloca o selo de aprovação de Deus sobre sua mensagem e ministério. Com efeito, discutir com Hagin é o mesmo que discutir com Deus. Ao se fazer um paralelo, entre os ensinos de Kenyon e Hagin, verificará que são notavelmente parecidos. Apesar de Hagin negar, seus pensamentos são paralelos ao de Kenyon.

O que o movimento ensina.

  Dentre várias aberrações, destaco duas aqui; a divinização do homem e a atrocidade sobre a expiação.

Divinização do homem

Keneth Copeland declara que “a razão para Deus criar Adão foi o seu desejo de produzir a si mesmo... Ele [Adão] não era um deus pequenino. Não era um semideus. Nem ao menos estava subordinado a Deus”.
Ao ensinar isso, eles acreditam estar agora no domínio, o crente sendo um deus pode tudo.
   Essa divinização do homem é uma sugestão bem antiga, aliás, tem raízes satânicas. Satanás já havia sugerido isso a Eva no Èden (Gn3).

Atrocidade sobre a expiação.

  Muitos mestres da fé defendem que Cristo foi recriado sobre a cruz, do divino para o demoníaco. No vernáculo da Fé. Isso quer dizer que Jesus tomou a própria natureza de Satanás.
  Nossa! Quanta blasfêmia.

Conclusão.
  Não procurei fazer uma descrição exaustiva ou mesmo exposição bíblica dos ensinos do Movimento da Fé, poderei fazer isso outra hora, quis apenas advertir sobre esse câncer que só se alastra no meio do Cristianismo. Professores da EBD deverão fazer a exposição bíblica dos falsos ensinos.
   A responsabilidade dos pastores e líderes na igreja é examinar e avaliar cuidadosamente qualquer doutrina que desafie o cristianismo bíblico. (Alan Pierrat)

¹ Alan B. Pieratt
² Idem
Bibliografia
Cristianismo em Crise. Hank Hanegraaff. CPAD, 2006.
O Evangelho da Prosperidade. Alan B. Pieratt. Edições Vida Nova, 1995.

Nenhum comentário:

Postar um comentário