Por Eudmarly Sena
O livro foi escrito por dois notórios teólogos; Stanley Grenz e Roger Olson. O primeiro Stanley Grenz (195-2005), foi um grande teólogo e escritos, foi professor de teologia e ética, mestre em divindade autor de livros publicados no Brasil, tais como: Dicionário de teologia e A bus da Moral, ambos publicado pela Editora Vida, e Teologias Contemporâneas em coautoria Com Edl. Miller, pela Edições Vida Nova.
O segundo, Roger E. Olson, é mestre e doutor em ciências da religião, sendo autor de grandes obras, como: História da Teologia Cristã e História das Controvérsias cristã, ambos publicados pela Editora Vida.
O titulo original é “Who Needs Theology” (Quem precisa de Teologia) em sua primeira edição no Brasil o livro teve o mesmo titulo do Inglês, porém agora em sua segunda edição agora com o titulo “Quem precisa de teologia?”. O livro é um convite ao estudo acerca de Deus e de sua relação com o ser humano, procurar enumerar inúmeros benefícios em estudar teologia, é um livro com linguagem simples, porém, estimulante para todos que desejam crescer em conhecimento e servir melhor ao reino de Deus na terra.
A teologia é apresentada no livro como ferramenta indispensável para crescer no conhecimento de Deus. Os autores expõe o desejo de verem reavivado o saudável interesse pela reflexão teológica entre o povo de Deus.
Define-se teologia, em termos simples como; Qualquer reflexão sobre as questões essenciais da vida que aponte para Deus. A partir disso, para os autores, ninguém escapa dela, (e comparo a filosofia), ninguém que reflita sobre as perguntas cruciais da vida, escapa de fazer teologia, e muito menos filosofia. Assim sendo, ao longo de seus nove capítulos procura expor a teologia como indispensável ao cristão, a igreja e aos líderes, a todos os cristãos em geral.
Não deixam de mencionar os problemas que afetam a teologia no meio cristão, para os autores os cristãos, hoje, não apenas estão desinformados acerca da teologia fundamental, mas parecem hostilizá-la. A hostilidade destes, dos cristãos, e sua assustadora falta de interesse, e a descarada aversão que se verifica entre eles, é uma questão intrigante. Mas para os autores essa situação não é resultado de falha inerente á própria teologia ou á vida intelectual ou espiritual de cristãos comuns, e sim, consequências de equívocos impregnados na mente do povo.
E para mim os líderes contribuem muito para esses equívocos impregnados na mente dos cristãos, pois negligenciam o estudo sistemático da Palavra, para eles é uma falta de espiritualidade, logo, quem faz teologia se torna um racionalista, com isso, a contribuição negativa é enorme para a teologia, para eles teologia é sinônima de frieza. Essa aversão teológica é um problema elaborado pelo autor.
A sua posição, em relação ao assunto, é clara e favorável ao estudo teológico, se não há como o cristão escapar da teologia necessário então ele compreender melhor aquilo que, mesmo ignorando não deixa de fazer (teologia). Por exemplo, quando um cristão reflete sobre Deus, algo que aponte para Ele, nas questões essenciais da vida, o cristão é teólogo, precisamente um “teólogo anônimo”.
Para os autores “ teólogos anônimos” são aqueles que não se dão conta de que fazem teologia, pois para eles cada pessoa, especialmente o cristão, é um teólogo. O problema cerca a Igreja quando os cristãos criam um abismo entre os “cristãos comuns” e teólogos. Favorecendo de forma positiva o estudo teológico, os autores vão procurar, ao longo do livro, duas coisas, que passam a serem as ideias centrais do texto.
A primeira diz que a teologia é inevitável ao cristão que pensa, e a diferença entre teólogos profissionais, ou não, é apenas de posição, não de qualidade. A segunda é que profissionais ou não, os teólogos (todos os cristãos que pensam independentemente da denominação) precisam uns dos outros. As ideias dos autores são próximas da perfeição, procuram tirar a tosca ideia de que a teologia é inimiga da igreja, que os teólogos são dispensáveis, na verdade para alguns não são bem vindos ao circulo cristão. Nesta obra o que muitos entendem, injustamente, como um conhecimento acessível a poucos (esoterismo) ou somente para os intelectuais, é provado ser falso essa forma de entender.
No capitulo dois os leitores irão se deparar, e chamou muito a minha atenção, o desenvolvimento de sobre as diferentes formas de teologia, ou seja, para os autores nem todas as teologias são iguais, descrevem as seguintes formas de teologia: Teologia Popular, Teologia leiga, Teologia Ministerial, Teologia Profissional e Acadêmica.
Destaco a “teologia acadêmica” de forma negativa, pois essa, não tem muito, ou nada, a oferecer á igreja. É altamente especulativa, quase totalmente filosófica, e visa, sobretudo, a outros teólogos. Nem sempre está ligada a igreja e pouca relação tem com a vida cristã autêntica.
Concluo afirmando que o livro é uma ótima ferramenta para estimular o estudo teológico, da-nos um significado simples e profundo da teologia. É realmente um convite “sedutor” ao estudo acerca de Deus e de sua relação com o ser humano. Penso que os autores foram, perfeitamente, bem sucedidos em seu propósito ao escrever esta ótima ferramenta, que terá vida longa nos círculos cristãos.
http://colportorsena.blogspot.com.br/
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